A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu no sábado (20) um homem de 30 anos que fazia ameaças de realizar um massacre em Brasília e atentar contra a COP30, conferência climática da ONU prevista para acontecer em Belém em 2025. O suspeito, identificado como um “lobo solitário” sem conexões com grupos organizados, foi detido preventivamente em Uruaçu (GO), a 300 km da capital federal, quando se aproximava do DF.
A operação foi realizada pela DPCEV (Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento) com apoio das divisões de Operações Aéreas (DOA) e Operações Especiais (DOE). O homem já estava sob monitoramento da polícia há semanas por publicações em redes sociais que pregavam a “necessidade de atos violentos para provocar uma suposta revolução”. Em suas mensagens, ele mencionava a disposição de morrer para chamar a atenção do Poder Público.
De acordo com as investigações, o suspeito saiu de Fortaleza (CE), passou por São Luís (MA) e Belém (PA), alterando sua rota em direção a Brasília. Em mensagens relacionadas à capital paraense, ele escreveu: “Mercadoria de Belém entregue. Eu mesmo garanti que fosse. Não vai ter COP30 até que eu diga o contrário”. No entanto, o delegado Fabrício Paiva, chefe da DPCEV, afirmou que “não existe risco à COP, ele só cita isso em forma de rebeldia”, descartando a existência de artefatos explosivos deixados em Belém.
Histórico Criminal e Prevenção
Esta não é a primeira vez que o mesmo indivíduo é detido por ameaças semelhantes. Em dezembro de 2024, ele já havia sido preso quando tentava chegar a Brasília armado com uma faca, com a intenção declarada de atacar pessoas durante as festividades de fim de ano. Na ocasião, foi internado para tratamento psiquiátrico devido ao seu estado mental.
Em suas mais recentes ameaças, o monitorado desafiou as autoridades: “Aumentem a segurança de Brasília em 100x 200x 300x”. Diante do risco iminente, a PCDF optou pela “interceptação preventiva” antes que ele pudesse colocar seus planos em prática na capital federal.
A prisão preventiva foi fundamentada no histórico do indivíduo e no conteúdo específico das ameaças, que indicavam planejamento e intenção de concretizar atos de violência em larga escala. O caso segue sob investigação para determinar se havia qualquer tipo de apoio ou influência externa, embora as evidências iniciais apontem para a ação isolada de um indivíduo com distúrbios psiquiátricos.









































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