Haddad mantém otimismo em negociação com EUA sobre tarifas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou otimismo em relação às negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas impostas aos produtos brasileiros, independentemente de quem seja o interlocutor designado pelo governo americano. Em entrevista ao programa ‘Bom dia, Ministro’ da EBC nesta terça-feira (7), Haddad afirmou que a diplomacia brasileira está preparada para conduzir as tratativas de forma eficiente, mesmo com a designação do secretário de Estado Marco Rubio, conhecido por suas posições ideológicas mais duras.

“Independentemente de quem seja designado, a diplomacia brasileira, com os argumentos que tem, vai saber superar esse momento. Os fatos são muito favoráveis à parceria, em todos os aspectos, inclusive no que concerne em vantagens que os EUA têm em estabelecer relações com o Brasil”, declarou Haddad. O ministro participou da conversa telefônica entre o presidente Lula e Donald Trump na segunda-feira (6), que durou cerca de 30 minutos e contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Sidônio Palmeira (Secom).

Haddad avaliou que as relações entre Brasil e EUA devem melhorar com a proximidade entre Lula e Trump, classificando o início tenso como uma “largada equivocada” que será superada. O ministro reforçou que o governo brasileiro não mudará sua estratégia, que considera bem-sucedida: “Estamos tão confiantes nos nossos argumentos que entendemos que eles vão se fazer valer pela diplomacia brasileira, que é das melhores do mundo”.

O ministro também argumentou que os Estados Unidos estão sofrendo com as tarifas, já que produtos brasileiros como café e carne ficaram mais caros para os consumidores americanos. “Eles [consumidores norte-americanos] estão com café da manhã mais caro, café mais caro, carne. Eles estão notando que as medidas mais prejudicaram do que favoreceram os EUA”, afirmou Haddad, destacando os argumentos que o Brasil levará às negociações.