Bolsonaro é internado após ficar 10 segundos sem respirar em crise de soluços

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado no hospital DF Star, em Brasília, na tarde desta terça-feira (16), após sofrer uma crise severa de soluços acompanhada de mal-estar e complicações respiratórias. De acordo com relato do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que falou com a imprensa em frente ao hospital, o pai chegou a ficar aproximadamente dez segundos sem respirar durante o episódio, que incluiu também um quadro descrito como “vômito a jato”.

O incidente ocorreu enquanto Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, determinada pela maioria da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, que recentemente o condenou a 27 anos e três meses de prisão. Diante da gravidade do quadro, ele recebeu autorização para ser transferido para a unidade hospitalar para receber atendimento médico especializado.

Flávio Bolsonaro detalhou que a crise começou com soluços persistentes que foram se intensificando progressivamente. Segundo ele, a repetição dos espasmos causou o travamento do diafragma do ex-presidente, resultando no episódio de vômito com grande força e na interrupção da respiração. O senador afirmou que a única maneira que Bolsonaro encontrou para voltar a respirar foi através do vômito forte, que foi seguido por tontura e pressão arterial muito baixa.

O cardiologista Leandro Echenique, que acompanha o ex-presidente desde 2018, confirmou que Bolsonaro permanecerá internado durante a noite para observação e tratamento. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, por meio de suas redes sociais, informou que o ex-chefe do Executivo já realizou exames e recebe medicação intravenosa para controlar os sintomas e estabilizar seu quadro clínico.

Este é o mais recente de uma série de problemas de saúde que afetam o ex-presidente desde o atentado a faca que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora (MG). No último domingo (14), ele já havia sido levado ao mesmo hospital para retirada de lesões de pele, quando exames identificaram anemia por deficiência de ferro e imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração na tomografia de tórax.

O histórico médico de Bolsonaro inclui múltiplas internações e cirurgias relacionadas às complicações do atentado, tornando cada novo episódio de saúde motivo de particular preocupação para sua família e equipe médica.