O governo de Israel deportou a ativista sueca Greta Thunberg e outros 170 participantes da flotilha humanitária que se dirigia à Faixa de Gaza, conforme anúncio oficial feito nesta segunda-feira (6). O grupo foi levado para a Grécia e Eslováquia após permanecer detido desde a interceptação dos barcos pela marinha israelense na semana passada. No entanto, segundo informações do Itamaraty, 13 cidadãos brasileiros continuam presos no centro de detenção de Ketziot, no deserto de Negev.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Israel referiu-se aos ativistas como “provocadores” e afirmou que “todos os direitos legais dos participantes deste espetáculo de relações públicas foram e continuarão sendo plenamente respeitados”. A pasta divulgou uma foto de Greta Thunberg no aeroporto momentos antes do voo de deportação. Ao chegar à Grécia, a ativista sueca discursou para apoiadores, justificando sua participação na missão: “ninguém foi acudir o povo palestino”.
O caso ganhou dimensão internacional com a detenção da deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) entre os brasileiros ainda retidos em Israel. De acordo com fontes diplomáticas, todos os detidos do Brasil “estão em boas condições de saúde” no complexo de Ketziot, o maior centro de detenção de Israel em termos de área territorial. O governo israelense informou que o número total de deportados já chega a 340 pessoas, entre quase 450 inicialmente detidas.
O Itamaraty confirmou a presença de 15 brasileiros na flotilha Sumud, sendo que 14 foram detidos e um já foi deportado – um argentino-italiano residente no Brasil que chegou ao Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira. A interceptação da flotilha gerou condenação internacional e, na sexta-feira (3), o governo Lula denunciou Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU pela ação contra os barcos que tentavam levar ajuda humanitária a Gaza.









































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