Ao assumir a liderança de uma empresa, confesso que imaginei que o maior desafio seria atingir metas. Eu acreditava que liderar era sinônimo de comando, de ter todas as respostas. Mas bastaram algumas semanas para perceber que a liderança vai muito além de processos: é sobre a complexidade das relações humanas. E ninguém me preparou para o quão exigente isso seria.
Logo percebi que a liderança é um cargo que pode ser solitário. Mesmo rodeado de gente, há momentos em que você sente que não pode demonstrar fraqueza. Afinal, o time espera segurança, não dúvidas. E é aí que muitos líderes se perdem, tentando parecer fortes o tempo todo, quando o que realmente conecta é a vulnerabilidade genuína. Aprendi que não há problema em pedir ajuda, em dizer “não sei, mas vou descobrir”. Isso não te torna fraco, te torna humano.
Com o tempo, percebi outra coisa: o líder está sempre sendo observado. Cada palavra, cada atitude, até o silêncio, tudo comunica. Você pode dizer ao time que preza pela pontualidade, mas se chega atrasado, sua fala perde peso. A liderança começa no exemplo. É como se, o tempo todo, você estivesse ensinando sem falar. E isso exige coerência, mesmo nos dias difíceis.
Também descobri que o feedback é uma das ferramentas mais poderosas e dolorosas da liderança. Dar retorno para alguém que não está entregando é desconfortável. Receber um feedback honesto também é. Mas é justamente nesses momentos que o crescimento acontece. O líder que foge do desconforto acaba impedindo o time de evoluir.
E sabe o que mais? Nem sempre o líder é o herói da história. Às vezes, mesmo fazendo tudo certo, as coisas não saem como o planejado. Você vai falhar, vai duvidar de si e vai precisar continuar mesmo assim. A diferença entre quem lidera e quem apenas ocupa um cargo está na capacidade de seguir firme, aprendendo no meio do caos.
No fim das contas, a liderança é um exercício constante de autodesenvolvimento e uma jornada de transformação, tanto pessoal quanto da equipe. Não se trata de ter controle, mas de fomentar a autonomia, exigindo paciência, empatia e a coragem de ver as pessoas prosperarem por si mesmas. Liderar vai além de um cargo; é sobre inspirar e capacitar, deixando um legado de crescimento.
E você, está preparado para liderar além do título e abraçar essa verdadeira transformação? Me conta aqui.
E nós vemos nos próximos artigos.






































