PL da Anistia: Veja como cada partido votou a urgência da proposta

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (17) o regime de urgência para o Projeto de Lei da Anistia, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). A proposta, que busca perdoar judicialmente condenados e investigados desde outubro de 2022 – incluindo os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 -, recebeu 311 votos favoráveis, 133 contrários e 7 abstenções, ultrapassando facilmente o quórum necessário.

Como votaram os partidos:

Partidos com maioria de votos A FAVOR da urgência:

  • PL: 83 votos a favor
  • UNIÃO: 53 votos a favor
  • PP: 46 votos a favor
  • Republicanos: 42 votos a favor
  • MDB: 35 votos a favor
  • PSD: 34 votos a favor
  • PSDB: 25 votos a favor
  • Podemos: 14 votos a favor
  • PDT: 10 votos a favor
  • Avante: 6 votos a favor
  • PRD: 5 votos a favor
  • Solidariedade: 4 votos a favor
  • Novo: 4 votos a favor
  • Cidadania: 3 votos a favor

Partidos com maioria de votos CONTRA a urgência:

  • PT: 51 votos contra
  • PSOL: 14 votos contra
  • PCdoB: 9 votos contra
  • PSB: 8 votos contra
  • PV: 2 votos contra

Análise dos votos:

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), aplicou o artigo 17 e não votou. O PT, partido do presidente Lula, mostrou divisão interna com 51 votos contra, mas 12 votos a favor da urgência. Todos os deputados do PL, partido de Jair Bolsonaro, votaram a favor da proposta.

Destaques individuais:

  • Arthur Lira (PP-AL): votou SIM
  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP): não votou
  • Kim Kataguiri (UNIÃO-SP): votou SIM
  • Guilherme Boulos (PSOL-SP): votou NÃO
  • Sâmia Bomfim (PSOL-SP): votou NÃO
  • Tabata Amaral (PSB-SP): votou NÃO

Próximos passos:

Com a urgência aprovada, o projeto agora tramitará em regime de prioridade na Câmara. O presidente Hugo Motta indicará o relator na quinta-feira (18), sendo o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) o mais cotado para a função. O texto ainda não está fechado e deverá sofrer modificações durante a relatoria.

O projeto segue para análise em comissões e depois para votação em plenário em dois turnos. Apenas após aprovado pela Câmara seguirá para o Senado Federal.

A proposta divide opiniões: defensores argumentam que trará “pacificação” ao país, enquanto opositores veem na anistia um perigo para a democracia e uma recompensa a envolvidos em ataques às instituições.