A Seleção Brasileira experimentou sua primeira derrota sob o comando do técnico Carlo Ancelotti nesta terça-feira (9), ao ser superada pela Bolívia por 1 a 0 no Estádio Hernando Siles, em El Alto. A altitude de 4.150 metros – a segunda mais alta do mundo – e um pênalti polêmico nos acréscimos do primeiro tempo determinaram o resultado que garante à Bolívia a chance de disputar a repescagem para a Copa do Mundo de 2026.
O gol da vitória boliviana foi marcado por Miguelito, jogador do América-MG emprestado pelo Santos, que se tornou herói nacional ao converter a penalidade decisiva. O lance gerou controvérsia: Bruno Guimarães dividiu com o lateral Roberto, o árbitro inicialmente não marcou, mas acabou concedendo o pênalti após intervenção do VAR.
Domínio Boliviano e Efeitos da Altitude
A derrota brasileira não se deveu apenas à controvérsia arbitral. Ancelotti, com a classificação já garantida, optou por fazer testes e escalou um time majoritariamente reserva. A falta de entrosamento foi evidente, com a Seleção produzindo poucas chances de gol enquanto a Bolívia finalizou 23 vezes, nove delas no gol defendido por Alisson.
Os efeitos da altitude foram determinantes. Os jogadores brasileiros demonstraram evidente dificuldade física, especialmente no segundo tempo, mesmo com a entrada de titulares. A Bolívia, acostumada às condições locais, soube aproveitar a vantagem geográfica para controlar o jogo.
Contexto Histórico e Próximos Desafios
Com este resultado, o Brasil encerra sua participação nas Eliminatórias Sul-Americanas na quinta posição – a pior campanha histórica da Seleção na fase classificatória. A classificação só foi possível devido ao novo formato expandido da Copa do Mundo.
A atenção agora se volta para a preparação para o Mundial. A Seleção se reunirá novamente em outubro para uma turnê asiática, com amistosos contra Coreia do Sul (10 de outubro, em Seul) e Japão (14 de outubro, em Tóquio). Espera-se que Ancelotti utilize esses jogos para continuar seus testes e aprimorar o time visando a competição principal.