As investigações sobre a execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande avançaram significativamente com a prisão de Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como “Fofão”, membro do PCC detido nesta sexta-feira (19) no litoral paulista. O traficante é suspeito de participar diretamente da logística do crime que chocou o estado de São Paulo na última semana.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), “Fofão” não seria o executor direto, mas teria conhecimento completo do plano criminoso e participado ativamente dos preparativos para o assassinato. A polícia continua em busca de outros foragidos com prisão decretada, incluindo Felipe Avelino da Silva, o “Mascherano”, que exerce função disciplinar dentro da hierarquia do PCC.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, foi categórico ao afirmar que “não resta dúvida de que o PCC está envolvido” no crime. Uma força-tarefa com mais de 100 policiais permanece mobilizada para esclarecer todos os detalhes da execução, considerada de “alta complexidade” pelas autoridades.
Rede Criminosa Investigada
Além de “Fofão” e “Mascherano”, a investigação já identificou outros envolvidos:
- Flavio Henrique Ferreira de Souza: investigado como participante direto da execução
- Dahesly Oliveira Pires, 25 anos: presa por transporte de armas usadas no crime
- Luiz Antônio Rodrigues de Miranda: preso temporariamente por envolvimento no transporte de armas
A polícia descobriu que Dahesly recebeu pagamento via Pix – transferido de uma conta em nome de uma criança de 10 anos – para transportar as armas utilizadas no assassinato. Ela alegou desconhecer o conteúdo da sacola, versão que não convenceu os investigadores.
Contexto do Crime
Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi executado com mais de 20 disparos de fuzil na noite do dia 15 de setembro em Praia Grande. O ex-delegado era reconhecido como um dos maiores inimigos do PCC, tendo sido pioneiro no mapeamento da facção e responsável por indiciar sua cúpula, incluindo Marcola, em 2006.
Fontes estava “sendo procurado, caçado” pelo PCC desde 2006, conforme confirmou o secretário-executivo da Segurança Pública, Osvaldo Nico. Em 2023, o ex-delegado já havia expressado preocupação com sua segurança após um assalto: “Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro”.
A operação policial continua com buscas intensivas pelos demais envolvidos, enquanto “Fofão” permanece à disposição da Justiça.








































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