Artur Gomes da Silva Neto, auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP) preso na terça-feira (12), é apontado pelo Ministério Público paulista como o líder de um esquema de fraude tributária que teria arrecadado R$ 1 bilhão em propinas desde 2021.
A investigação também prendeu o empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, um diretor do grupo Fast Shop e mais três pessoas.
Descrito por colegas como “funcionário brilhante e inteligentíssimo” e chamado de “gênio do crime” pelo MP, Artur foi o primeiro colocado de sua turma no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e chegou a dar palestras para vestibulandos, relatando aprovações no ITA, no Instituto Militar de Engenharia (IME) e no curso de Medicina da USP.
Segundo o promotor Roberto Bodini, o auditor dominava “praticamente todas as etapas” do processo de concessão irregular de isenções e créditos tributários. Uma senha de acesso ao sistema, encontrada com uma contadora, reforçou a suspeita de seu envolvimento direto.
O secretário da Fazenda de SP, Samuel Kinoshita, reuniu-se no mesmo dia com promotores para definir ações conjuntas de combate a novas fraudes, com o MP cuidando da esfera criminal e a Fazenda reforçando controles internos.
Até o momento, a defesa de Artur não foi localizada.
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