Giorgio Armani, o icónico estilista italiano que transformou a linguagem da moda no século XX, faleceu aos 91 anos. Nascido em 1934 na cidade de Piacenza, norte da Itália, Armani será eternamente lembrado como o visionário que reinventou o terno moderno, suavizando o guarda-roupa masculino e empoderando as mulheres através de tailleurs elegantes que se tornaram símbolos de poder profissional.
Sua trajetória começou modestamente após abandonar a medicina e o serviço militar, encontrando seu caminho como vitrinista em Milão. Foi no chão da loja que desenvolveu seu conhecimento único sobre tecidos e cortes. A parceria com Sergio Galeotti, que vendeu seu Fusca para financiar o negócio, foi fundamental para o surgimento da marca que levaria seu nome.
Armani democratizou o luxo através de peças que combinavam alta costura com produção em escala. Seu momento de ruptura global veio ao vestir Richard Gere em “Gigolô Americano” (1980), projetando sua estética para o mundo através do cinema. Transformou-se no estilista europeu mais vendido nos EUA, vestiu estrelas no Oscar e construiu um império avaliado em US$ 13 bilhões.
Apesar da tragédia pessoal com a perda de Galeotti em 1985, Armani perseverou, mantendo controle criativo e financeiro de sua marca. Sua disciplina legendária – nadava diariamente numa piscina de 50m com apenas 1m de largura – refletia sua busca incessante pela perfeição. Deixou um legado que transcende a moda, tendo redefinido permanentemente os códigos de elegância e poder através do vestuário.
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