Liderança no Dia Seguinte à Final: O Que Filipe Luís e Abel Ferreira Ensinam Sobre Gestão e Emoção

Depois da Final, o Recomeço. Lições de Liderança com Filipe Luís e Abel Ferreira

A final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras terminou, o troféu foi levantado e o estádio respirou aquela mistura de alegria e frustração que só o futebol sabe provocar. Mas enquanto a torcida comenta, celebra ou lamenta, dois líderes precisam retomar o trabalho de forma quase imediata. Filipe Luís, campeão com o Flamengo, e Abel Ferreira, derrotado com o Palmeiras, agora encaram um desafio comum, recolocar suas equipes no eixo porque o Campeonato Brasileiro continua.

O ponto curioso é que os dois técnicos representam estilos bem diferentes. Filipe é sereno, quase impassível, como quem enxerga o jogo um passo à frente. Abel é explosivo, intenso, visceral, como quem lidera usando o coração como bússola. Depois de uma final, essas características se amplificam, mas também passam por um teste. Vitória e derrota têm efeitos emocionais poderosos, e o papel do líder é administrar essas ondas com maturidade.

Para o lado vencedor, o desafio é não se perder na euforia. Títulos seduzem, distraem, inflam ego e diminuem vigilâncias. Filipe Luís precisa transformar a alegria em combustível e não em acomodação. Precisa manter o pé no chão, reforçar a disciplina e lembrar à equipe que o campeonato não termina na volta olímpica. Liderar um time campeão exige serenidade para que o grupo continue dedicado, mesmo depois da glória.

Já Abel Ferreira tem outro tipo de missão. A derrota dói de um jeito profundo, especialmente em finais. Mas é na dor que nascem ajustes, reflexões e viradas de chave. Abel precisa reconstruir confiança, reorganizar emocionalmente o time e mostrar que o Brasileiro ainda oferece caminhos importantes. A liderança dele agora pode não está na intensidade que empurra, mas pode estar na calma que sustenta.

Curiosamente, o futebol acaba funcionando como um espelho dos ambientes corporativos. Depois de um grande projeto, seja um sucesso ou um fracasso, sempre chega um momento em que é preciso recalibrar. Líderes que vencem precisam manter foco. Líderes que perdem precisam manter coragem. E todos precisam manter clareza.

E o que podemos tirar de lição de tudo que aconteceu para o nosso dia a dia de líder?

• Celebre vitórias, mas volte rápido para o foco, a euforia não entrega resultados.

• Trate derrotas como dados, não como rótulos, o que deu errado pode virar aprendizado.

• Comunique com sinceridade, fale do que funcionou e do que precisa melhorar.

• Equilibre emoção e razão, times precisam de direção e também de segurança emocional.

• Use grandes eventos como pontos de virada, começos importam tanto quanto finais.

No fim das contas, a final da Libertadores deixa um ensinamento simples. Liderança não acontece só no dia do jogo. Liderança também aparece no dia seguinte, quando a adrenalina baixa e a responsabilidade bate na porta. É ali que o líder mostra quem realmente é.

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Caio Miranda é gestor com mais de 8 anos de experiência na liderança de equipes em diferentes setores. Formado em Gestão Comercial e com MBA em Liderança e Alta Performance, acredita que liderar é inspirar, ouvir e transformar realidades. Apaixonado por desenvolver pessoas e negócios, fala de forma prática e descontraída sobre liderança, produtividade e cultura organizacional. Casado com Rayllene e pai do Heitor, valoriza o equilíbrio entre grandes metas e os momentos simples da vida.