Silva Ataca Virgínia, Luísa Sonza e Critica Mercado Musical em Show

Em uma apresentação que rapidamente viralizou nas redes sociais, o cantor Silva usou o palco do Festival Vibral em Brasília, neste domingo (7), para lançar críticas contundentes contra figuras influentes e a estrutura do mercado musical brasileiro. Em discurso carregado de linguagem explícita, o artista direcionou suas ataques principalmente à influenciadora Virgínia Fonseca e à cantora Luísa Sonza.

Silva não poupou palavras ao se referir à Virgínia Fonseca: “Vai se foder, Virgínia. Garota escrota, mano. A garota era pobre e ficou rica. Agora, faz os pobres perderem dinheiro que nem têm”. A declaração faz referência à prática da influenciadora de promover jogos de azar online, atividade que ela sempre defendeu como legal e regulamentada. Até o momento, Virgínia optou por não comentar as acusações.

Críticas ao Financiamento e Mercado Musical
O artista também mirou seu discurso contra Luísa Sonza e o sistema de financiamento cultural: “Quem está afim de fazer música no Brasil sem dinheiro do agro? Eu não tenho dinheiro do agro. Não sou a Luísa Sonza”. A declaração refere-se ao apoio que alguns artistas recebem do agronegócio através de leis de incentivo e patrocínios. Assim como Virgínia, Luísa Sonza não se manifestou sobre as críticas.

Em momento de autodefinição, Silva foi categórico sobre sua sexualidade: “Eu sou gay, não sou bi não. A galera fala que eu sou bi, né? Não, sou gay mesmo”. E continuou seu desabafo sobre a estrutura de apoio no meio artístico: “Não tenho Paula Lavigne nas minhas costas. Não tenho tia Paula. Não tenho ninguém, nem lei Rouanet nessa porra que eu faço”.

Ataques Ampliados à Indústria
A crítica se estendeu à agência Mynd8, responsável pelo marketing de diversos artistas, incluindo a própria Luísa Sonza: “Vai se foder Mynd8, Luísa Sonza”. Silva lamentou que “música virou publicidade” e exaltou a tradição musical brasileira: “A gente está no país da Gal Costa, João Donato, Tom Zé”.

O artista ainda questionou narrativas comuns na cena musical atual, como a frase “favela venceu”, e criticou o apresentador Serginho Groisman: “Continua me chamando só para cantar os outros. Nunca me chama para cantar minha ‘A Cor é Rosa'”.

O show no Festival Vibral, que deveria ser uma celebração musical, transformou-se em palco para um manifesto contundente contra o que Silva parece enxergar como a comercialização excessiva e a hipocrisia na indústria musical brasileira. Até o momento, nenhum dos citados respondeu publicamente às acusações, e o próprio Silva não se manifestou sobre a repercussão de suas declarações.