O Aeroporto Santos Dumont, um dos principais terminais do Rio de Janeiro, teve todas as suas operações de pouso e decolagem suspensas na manhã desta terça-feira (30) devido a um vazamento de óleo na pista. O incidente causou o cancelamento de 137 voos até as 14h, segundo a Infraero, deixando centenas de passageiros em situação de extrema incerteza e com compromissos importantes perdidos. O saguão do aeroporto ficou completamente lotado, com filas intermináveis e poucas informações claras sobre a normalização das operações.
Os transtornos foram sentidos por passageiros comuns e até por deputados federais que precisavam viajar para Brasília para participar de uma sessão plenária na Câmara. O deputado Chico Alencar (Psol) relatou que chegou a embarcar em um voo das 6h05, mas a aeronave ficou parada na pista por horas até que os passageiros foram obrigados a desembarcar. “É um transtorno. Acordei às 4h30 para uma reunião às 9h em Brasília, com 70 pessoas”, desabafou o parlamentar, que ainda não tinha uma nova previsão de embarque. A aposentada Diva Anastácia viveu situação similar: já estava dentro do avião quando foi informada sobre o problema e aguardou por 1h30 dentro da aeronave.
A Infraero, responsável pela administração do aeroporto, não divulgou um prazo oficial para a retomada total das operações. Durante a manhã, os alto-falantes chegaram a anunciar a volta dos voos para as 14h e depois para as 17h, gerando ainda mais confusão. Enquanto isso, o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) recebeu pelo menos 14 voos que foram remarcados, tornando-se uma alternativa para alguns passageiros. A situação crítica expôs a vulnerabilidade do sistema aeroportuário e o impacto direto na vida das pessoas quando um terminal de grande movimento é fechado de forma inesperada.