Em uma declaração contundente, o governo da China criticou a decisão dos Estados Unidos de enviar navios de guerra para a costa da Venezuela. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinesa, Mao Ning, afirmou nesta quinta-feira (21) que Pequim “se opõe a qualquer ação que viole os propósitos e princípios da Carta da ONU e a soberania e a segurança de um país”.

A movimentação militar norte-americana faz parte de uma iniciativa do governo Donald Trump para combater as ameaças dos cartéis de drogas latino-americanos, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters.

Posicionamento da China sobre a Crise Venezuelana

Durante entrevista coletiva, a porta-voz Mao Ning foi enfática ao declarar a oposição chinesa ao uso da força: “Nos opomos ao uso ou à ameaça de força nas relações internacionais e à interferência de forças externas nos assuntos internos da Venezuela, sob qualquer pretexto”. Ela concluiu afirmando que a China espera que os EUA adotem “mais ações que conduzam à paz e à segurança na América Latina e no Caribe”.

Reação da Venezuela ao Apoio Chinês

O chanceler venezuelano, Yván Gil, agradeceu publicamente o apoio da China. Em comunicado publicado em seu canal no Telegram, Gil expressou “sincera gratidão à República Popular da China por sua firme rejeição à intervenção dos Estados Unidos na Venezuela e às ameaças de uso da força”. Ele ainda reforçou a “inabalável amizade” entre Caracas e Pequim.

Reunião entre Maduro e Embaixador Chinês

Ainda nesta quinta-feira, o presidente venezuelano Nicolás Maduro se reuniu com o embaixador da China no país, Lan Hu. De acordo com o gabinete de Maduro, o líder venezuelano destacou “avanços significativos” na cooperação bilateral em áreas como economia, ciência, tecnologia e inteligência artificial, reforçando o compromisso estratégico entre os dois países.