Um caso brutal de extorsão e violência no interior do Ceará tem chamado a atenção das autoridades e da população. Este caso de extorsão no Ceará envolve o jovem comerciante Alexandre Roger Lopes, de 23 anos, que foi assassinado em Itapajé após não conseguir arcar com o valor exigido por uma facção criminosa para manter o funcionamento de seu pequeno espetinho.
De acordo com as investigações, Alexandre era alvo constante de extorsões do Comando Vermelho, que cobrava uma taxa mensal de R$ 400 para que ele pudesse trabalhar em paz. Porém, nos últimos meses, os criminosos aumentaram o valor da cobrança para R$ 1 mil, dobrando a pressão sobre comerciantes da cidade devido à extorsão no Ceará.
No dia 15 de agosto, sem condições de pagar o novo valor, Alexandre transferiu apenas os R$ 400 que vinha repassando regularmente. Dois dias depois, no dia 17, enquanto atendia clientes em seu espetinho no bairro Santa Rita, foi surpreendido pelo atirador Lucas Mateus dos Santos. O criminoso chegou ao local, chamou Alexandre para atender uma ligação e, em seguida, efetuou os disparos. O comerciante ainda foi socorrido e transferido para o Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 19 em meio a tentativas de lidar com a extorsão no Ceará.
Lucas Mateus, apontado como executor da facção, foi preso pela Polícia Civil dias depois. Ele confessou o crime e, neste sábado (23), teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça. A investigação mostra que a ordem de execução foi uma forma de “recado” para os demais comerciantes da região que tentassem se opor às cobranças ilegais do grupo criminoso, que frequentemente se envolve em casos de extorsão no Ceará.
O caso de Alexandre não é isolado. Nos últimos três meses, Itapajé tem registrado uma escalada de extorsões contra pequenos empreendedores, muitos dos quais fecharam seus estabelecimentos ou até deixaram a cidade por medo das represálias. Situação semelhante foi identificada em Fortaleza, onde o mesmo grupo criminoso tentou controlar a venda de água de coco e outros produtos na Avenida Beira-Mar, um dos principais pontos turísticos da capital cearense.
O assassinato do jovem comerciante revela a gravidade da ação das facções no estado e reacende o debate sobre a necessidade de reforço na segurança pública e no apoio aos trabalhadores que estão sendo vítimas desse tipo de violência.
