Em resposta às crescentes cobranças por melhorias no futebol nacional, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, anunciou em entrevista exclusiva à Rádio Itatiaia os planos da entidade para uma mudança estrutural na arbitragem. Os dois pilares centrais são a tão aguardada profissionalização dos árbitros e a implementação do impedimento semiautomático a partir de 2026, medidas que visam modernizar e dar mais credibilidade ao Campeonato Brasileiro.
Xaud deixou claro que a reformulação da arbitragem é uma prioridade da sua gestão desde o primeiro dia. “Desde o início, nós já estávamos trabalhando na reformulação da arbitragem. Conseguimos fazer um investimento em educação continuada dos árbitros, fizemos vários encontros com eles. A CBF nunca parou de trabalhar em relação à arbitragem, queremos qualificar ainda mais”, afirmou o presidente. O assunto ganhou urgência após uma sequência de lances polêmicos na Série A, que culminou no afastamento de quatro árbitros na última semana.
O ponto mais sensível e debatido é a profissionalização dos árbitros. Atualmente, os juízes que atuam no Brasileirão são considerados amadores, pois precisam de outra fonte de renda além do apito, uma anomalia em um esporte de alto nível e bilhões em movimentação. Sobre isso, Samir Xaud foi enfático: “Estamos trabalhando na profissionalização dos árbitros, estamos discutindo há algum tempo e acredito que chegou a hora de colocar em prática tudo o que discutimos”. Embora não tenha divulgado uma data específica, esta é a declaração mais concreta sobre o tema feita por um presidente da CBF, sinalizando que o processo sairá do papel.
Além da valorização profissional, a tecnologia será uma grande aliada. O presidente confirmou que o Brasileirão terá o impedimento semiautomático em 2026. A ferramenta, que já é utilizada nas principais ligas do mundo desde a Copa de 2022, utiliza um sistema robótico para detectar lances de impedimento com precisão milimétrica, reduzindo significativamente os erros humanos e o tempo de análise pelo VAR. A chegada da tecnologia ao Brasil depende de adaptações na infraestrutura dos estádios e envolve um alto custo, mas está finalmente “bem encaminhada”, segundo Xaud. Essas mudanças, em conjunto, representam os passos mais concretos já dados para resolver um dos problemas crônicos do futebol brasileiro, alinhando a arbitragem nacional aos padrões internacionais de profissionalismo e inovação tecnológica.






































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