O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, deixou claro em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13) que Neymar continua em seus planos para a Copa do Mundo de 2026, mas estabeleceu uma condição fundamental para a volta do astro: a plena recuperação de sua forma física. As declarações foram dadas em Tóquio, onde o Brasil se prepara para enfrentar o Japão nesta terça-feira (14), em um amistoso que serve como mais um teste para o projeto do técnico italiano.
Ancelotti foi enfático ao elogiar o talento incontestável do camisa 10, mas ressaltou que a qualidade técnica, por si só, não é suficiente sem a condição física necessária para a alta competição. “O Neymar pode jogar em seu mais alto nível nesta equipe sem nenhum problema”, afirmou o técnico. “Quando está em boas condições físicas, ele tem qualidade para atuar não apenas no Brasil, mas em qualquer time do mundo, por causa do seu talento”, completou, deixando evidente que a porta para a Seleção Brasileira permanece aberta.
Aos 33 anos, Neymar não atua pelo Brasil desde outubro de 2023, quando sofreu uma grave lesão nos ligamentos do joelho durante uma partida pelas Eliminatórias. Desde seu retorno ao Santos, após uma passagem pelo Al-Hilal, da Arábia Saudita, o atacante tem lutado contra sequências de lesões que o impediram de alcançar a regularidade mínima. Ancelotti reconhece o potencial do jogador para se encaixar no estilo ofensivo que vem implementando, exemplificado pela goleada de 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, mas manteve o pé no chão. “É verdade que o Neymar vem jogando seguidamente pelo Santos, e sobre a pergunta se ele teria espaço nesse Brasil de hoje, a resposta é sim desde que esteja em boas condições físicas”, reforçou.
A entrevista coletiva também foi palco para Ancelotti equilibrar as expectativas sobre o “futebol bonito”. Após a exibição ofensiva contra os coreanos, ele afirmou que a Seleção Brasileira quer jogar um futebol bonito, mas redefiniu o conceito. “É claro que os jogadores têm qualidade individual e comprometimento. Mas é preciso jogar bonito com a bola e também sem a bola, esse é um aspecto muito importante”, concluiu, priorizando o equilíbrio entre a arte e a eficiência tática. Sob seu comando, o Brasil mantém uma defesa sólida com apenas um gol sofrido e busca contra o Japão sua quarta vitória, em um caminho que parece promissor para a Copa do Mundo de 2026, com ou sem a estrela de Neymar, que dependerá exclusivamente de sua própria capacidade de se recuperar integralmente.






































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