Uma operação da Polícia Federal no Pará terminou em tragédia com a morte de Marcello Carvalho, 24 anos, filho de uma escrivã da Polícia Civil. O jovem foi baleado dentro do próprio apartamento durante a ação policial que visava prender Marcelo Pantoja Rabelo, o “Marcelo da Sucata”, namorado da mãe da vítima. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela TV Liberal mostram o momento em que agentes fortemente armados com fuzis adentram o condomínio onde ocorreu o incidente.
De acordo com a versão da família, Marcello foi confundido com o verdadeiro alvo da operação. Enquanto “Marcelo da Sucata” estava no quarto com a mãe do jovem, Marcello foi surpreendido pela invasão dos policiais e teria sido atingido por dois tiros. A Polícia Federal, em nota, afirmou que “o alvo do mandado resistiu à prisão”, mas não mencionou especificamente o episódio envolvendo o filho da escrivã. A corporação apenas confirmou a prisão de um dos líderes de um grupo de extermínio atuante no Pará.
As câmeras de segurança registram detalhes cruciais da ação. Nas imagens, é possível ver pelo menos oito agentes utilizando equipamento de alto poder bélico, incluindo fuzis e escudos balísticos, enquanto se movimentam pelos corredores do condomínio e pelo elevador. Dois dos policiais usam o uniforme tradicional da PF. As gravações mostram a entrada da equipe no apartamento e, posteriormente, a saída dos agentes após a ação que resultou na morte do jovem.
Em resposta ao caso, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar todas as circunstâncias da morte de Marcello. O MPF já requisitou informações formais à Superintendência Regional da PF no Pará, ao Instituto de Criminalística e ao IML. Enquanto a investigação corre em sigilo, a defesa de “Marcelo da Sucata” emitiu nota informando que a prisão foi baseada em inquérito policial federal sigiloso e que já buscam “meios jurídicos e legais para restituir a liberdade do suspeito”. O corpo de Marcello Carvalho foi velado nesta quinta-feira (9), em Belém, enquanto a família aguarda respostas sobre as reais circunstâncias que levaram à morte do jovem durante esta controversa operação da PF que uniu, em um mesmo episódio, a filha e a mãe de policiais em lados opostos da tragédia.








































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