Empresário suspeito de matar gari em Belo Horizonte já respondeu por homicídio no Rio e violência doméstica
O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, preso pelo assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, 44, em Belo Horizonte, acumula um histórico de episódios de violência e processos criminais. Ele já foi investigado por homicídio no Rio de Janeiro e denunciado por agressões a ex-companheiras, em casos de violência doméstica tanto no Rio quanto em São Paulo.
Em 2011, Renê foi indiciado após um acidente de trânsito no bairro Recreio dos Bandeirantes, no Rio, que resultou na morte de uma mulher de 50 anos. Segundo a Polícia Civil fluminense, ele dirigia em alta velocidade quando atropelou a vítima, que não resistiu aos ferimentos. O caso foi encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro, mas não houve detalhes divulgados sobre o andamento do processo.
Além desse episódio, o empresário foi denunciado por agredir ao menos duas ex-companheiras. Em um dos casos, registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher de Belford Roxo (RJ), ele teria agredido uma mulher com um cabo de vassoura. O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça do Rio. A vítima conseguiu medidas protetivas, mas o processo acabou arquivado em definitivo em 2024, sob segredo de Justiça.
Outro inquérito aponta que Renê também teria agredido uma ex-companheira em Cotia, na Grande São Paulo, em situações recorrentes de violência.
O crime que levou à prisão de Renê aconteceu em Belo Horizonte na última terça-feira (13). De acordo com a Polícia Militar, Laudemir trabalhava na coleta de lixo quando o empresário se irritou com o espaço ocupado pelo caminhão da equipe de garis. Testemunhas relataram que Renê ameaçou atirar na motorista do veículo, o que gerou a reação dos trabalhadores. Durante a discussão, ele sacou a arma e disparou contra Laudemir, que chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu.
Renê foi preso em flagrante e se tornou o principal suspeito do homicídio. O caso segue em investigação pela Polícia Civil de Minas Gerais.
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