Uma perícia realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que a arma usada no assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, pertence à delegada Ana Paula Balbino Nogueira, esposa do empresário Renê da Silva Nogueira Junior, principal suspeito do crime.
A pistola, de uso particular e não funcional da delegada, foi apreendida na residência do casal em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, no dia do crime. Ana Paula está sendo investigada pela Subcorregedoria da Polícia Civil mineira para apurar possível omissão de cautela e prevaricação. Já Renê, preso desde a ocorrência, nega ter cometido o crime, mas a polícia afirma que existem diversas provas que o colocam na cena, como o carro de luxo que ele dirigia.
De acordo com testemunhas, o empresário se irritou com a passagem de um caminhão de coleta de lixo e chegou a ameaçar a motorista dizendo que “atiraria em sua cara”. O gari Laudemir e colegas saíram em defesa da trabalhadora, momento em que Renê sacou a arma e atirou contra o peito da vítima. O gari chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Renê foi preso horas depois em uma academia de luxo em Belo Horizonte. Para o juiz Leonardo Vieira Rocha Damasceno, que converteu a prisão em flagrante em preventiva, a ação não foi por impulso, mas sim uma decisão consciente e voluntária de usar a violência.
Laudemir era funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviços à Prefeitura de Belo Horizonte. Em nota, a gestão municipal lamentou a tragédia e informou que a empresa está prestando apoio à família da vítima.
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