Israel e Hamas chegaram a um acordo histórico de cessar-fogo para Gaza que deve ser formalmente assinado nesta quinta-feira (9) no Egito. O entendimento, que representa o primeiro avanço concreto após dois anos de conflito, estabelece um cronograma para a libertação de reféns ainda mantidos em Gaza e prevê o início do recuo gradual das tropas israelenses do território palestino, marcando uma virada significativa na mais longa crise humanitária da região.
A primeira fase do acordo envolve a libertação dos reféns, com divergências sobre a data exata do início do processo. Enquanto o presidente americano Donald Trump afirmou que a libertação ocorreria “provavelmente na segunda-feira”, fontes israelenses indicam que o processo pode começar já no sábado (11) ou domingo (12). Segundo o governo israelense, 48 pessoas ainda são mantidas reféns em Gaza – 47 delas capturadas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 que deu início à guerra.
O plano estabelece a criação de um “Conselho de Paz” internacional, conforme previsto na proposta de 20 pontos de Trump, que supervisionará o cumprimento das medidas iniciais. O órgão contará com um comitê palestino “tecnocrático e apolítico” responsável pela administração temporária de Gaza. Temas mais sensíveis, como o desarmamento do Hamas e a governança definitiva do território, serão tratados em fases posteriores do acordo.
O envolvimento pessoal de Trump foi decisivo para destravar as negociações. O Hamas já havia aceitado as condições propostas por Washington desde maio, mas Israel resistia a fechar o acordo. A intervenção direta do presidente americano, que chegou a ser convidado pelo Egito para a cerimônia de assinatura, foi crucial para viabilizar o entendimento. O conflito, que completou dois anos nesta semana, deixou mais de 67 mil palestinos mortos segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.









































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