O prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), foi afastado do cargo por um ano após operação da Polícia Federal (PF) que investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. A ação, realizada nesta quinta-feira (14), também prendeu dois empresários e um servidor municipal.
A investigação teve início no mês passado, quando a PF encontrou cerca de R$ 14 milhões, parte em dólares, em posse de um servidor apontado como operador financeiro do prefeito. Segundo os investigadores, há indícios de pagamento de propina em contratos nas áreas de obras, saúde e manutenção. Nesta quinta, mais R$ 1,9 milhão em dinheiro vivo foi apreendido.
Medidas judiciais e afastamento
Embora a PF tenha solicitado a prisão de Marcelo Lima, a Justiça negou o pedido. No entanto, determinou o afastamento do cargo, uso de tornozeleira eletrônica e restrições de deslocamento. O prefeito está proibido de deixar a cidade sem autorização judicial e de manter contato com outros investigados.
Prisões e apreensões
Na operação, chamada de “Estafeta”, foram presos em flagrante os empresários Edmilson Carvalho, da Terraplanagem Alzira Franco Ltda., e Caio Fabbri, da Quality Medical, ambas com contratos na prefeitura. Nas casas deles, a PF apreendeu altas quantias em dinheiro.
O caso veio à tona após a apreensão de R$ 12,8 milhões e US$ 156,9 mil em espécie com Paulo Iran, servidor da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e considerado o operador do esquema. Ele é acusado de pagar contas pessoais do prefeito e de sua família.
Próximos passos da investigação
A PF cumpre 20 mandados de busca e apreensão em São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema, além de quebras de sigilos bancário e fiscal. Os investigados podem responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção.
Em nota, a Prefeitura afirmou colaborar com as investigações e garantiu que os serviços municipais não serão prejudicados. Fonte
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