Garota de programa morta após encontro em Ubá (MG)

Prostituta assassinada em encontro por aplicativo disse ter medo do cliente: “Ele tem uns fetiches meio doido”

A morte de Ana Clara Garcia Veloso, de 19 anos, em Ubá, Zona da Mata de Minas Gerais, expôs a vulnerabilidade de jovens mulheres que realizam programas por meio de aplicativos. Em mensagens enviadas a uma amiga horas antes de ser assassinada, Ana Clara demonstrou receio de atender o cliente, identificado como Jonathan Martins, preso em flagrante após confessar o crime.

“Ele tem uns fetiches meio doido, mas me ofereceu R$ 700, então estou indo. Se eu morrer…”, escreveu a jovem, que não imaginava que aquela seria sua última conversa.

O crime

O corpo de Ana Clara foi encontrado na manhã da última segunda-feira (8), em frente ao portão da casa de Jonathan Martins. Ela apresentava diversos hematomas. Em depoimento, o suspeito afirmou que matou a jovem após uma discussão sobre o pagamento do programa, alegando que queria parcelar os R$ 700 combinados.

A Polícia Civil, no entanto, ainda investiga se essa versão corresponde à motivação real do homicídio. O celular de Ana Clara não foi localizado, mas o do autor confesso foi apreendido.

Outras denúncias contra o suspeito

Depois da prisão, outras vítimas procuraram a polícia. Uma mulher afirmou ter sido abordada pelo mesmo homem nas ruas de Ubá, no mesmo dia do crime, e relatou que ele tentou levá-la para casa.

Outra denúncia mais grave envolve uma menor de idade, que disse ter sido estuprada por Jonathan Martins.

As investigações revelaram ainda que o suspeito é natural de Volta Redonda (RJ) e teria fugido para Minas Gerais após ser apontado como autor de um homicídio em junho, no estado fluminense.

Investigação em andamento

Segundo o delegado Giovane Rodrigues de Faria Dantas, responsável pelo caso, Ana Clara havia alugado uma suíte em Ubá para realizar atendimentos, já que estava de passagem pela cidade. Vizinhos e a proprietária do imóvel já prestaram depoimento.

“O autor é suspeito de outro homicídio no Rio de Janeiro e estaria em Minas após ser apontado pela própria família e pelo crime organizado como responsável. Agora estamos em contato com a Polícia Civil do Rio para avançar nas apurações”, explicou o delegado.

O laudo de necropsia e os vestígios coletados estão em análise. O inquérito deve ser concluído na próxima semana. Jonathan Martins segue preso no presídio de Ubá.

Um alerta sobre a violência

O caso de Ana Clara reforça um alerta sobre os riscos enfrentados por mulheres em situações de vulnerabilidade, especialmente quando envolvem encontros mediados por aplicativos. Além de revelar o peso da violência de gênero, a investigação mostra a necessidade de políticas de proteção mais efetivas para jovens expostas a contextos de exploração e risco.

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Jornalista, engenheiro civil e mestre em recursos hídricos pela Universidade de Brasília, Ranielle Linhares é o fundador e estrategista-chefe do RaniNewsTV, a TV Digital de Brasília. Com mais de 850 mil seguidores nas redes sociais e mais de 77 milhões de contas alcançadas mensalmente, tornou-se uma das vozes mais influentes da comunicação digital na capital federal. Sua atuação combina credibilidade, linguagem acessível e uma abordagem multiplataforma que conecta política, cultura, economia e entretenimento.