Um ataque a tiros contra um ponto de ônibus no cruzamento de Ramot, em Jerusalém, resultou em seis mortos e múltiplos feridos nesta segunda-feira (8). Entre as vítimas fatais estão quatro homens (três na faixa dos 30 anos e um na faixa dos 50) e duas mulheres na faixa dos 50 anos, uma delas grávida, conforme confirmado pelo serviço de emergência israelense Magen David Adom (MDA).
O ataque, considerado o mais mortal na cidade desde novembro de 2023, foi executado por dois terroristas que chegaram de veículo ao local e abriram fogo contra civis que aguardavam transporte. De acordo com a polícia israelense, um agente de segurança e um civil presente no local revidaram os disparos, “neutralizando” os agressores. No local foram recuperadas diversas armas, munições e uma faca utilizada pelos atacantes.
Resposta de Emergência e Consequências
O serviço de ambulâncias israelense atendeu onze vítimas no local: seis em estado grave, duas em condição moderada e três em estado leve. A mulher grávida foi transportada às pressas para o hospital em estado crítico, mas não resistiu aos ferimentos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visitou o local do ataque após realizar uma “avaliação situacional” com chefes de segurança. Em declaração à imprensa, Netanyahu afirmou: “Estamos em guerra contra o terrorismo. A guerra continua na Faixa de Gaza e, infelizmente, também em Jerusalém”. O primeiro-ministro destacou que centenas de ataques foram frustrados este ano na Judeia e Samaria (termo israelense para a Cisjordânia ocupada), “mas, infelizmente, não hoje”.
Contexto e Reações
O Hamas não assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas emitiu um comunicado elogiando a ação. O incidente ocorre em um momento de crescente tensão na região, com uma avaliação de segurança recente alertando para o potencial de escalada de violência na Cisjordânia ocupada nas próximas semanas.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) enviaram soldados para o local e estão realizando buscas por possíveis cúmplices em cooperação com a Polícia de Israel. Operações também estão em andamento nos arredores de Ramallah, na Cisjordânia, com o objetivo de “frustrar o terrorismo e fortalecer os esforços de defesa”.
O ataque reacendeu o debate sobre a segurança em Jerusalém e ampliou as preocupações sobre uma possível escalada do conflito israelense-palestino em múltiplas frentes, incluindo a Cisjordânia ocupada e a contínua operação militar em Gaza.