A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou melhora em agosto, segundo a mais recente pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20). Pela primeira vez desde maio, os índices de aprovação e desaprovação se aproximam, revertendo uma tendência de distanciamento.
Os números nacionais, com margem de erro de 2 pontos percentuais, mostram que:
- A desaprovação caiu dois pontos, de 53% para 51%.
- A aprovação subiu três pontos, de 43% para 46%.
Esta é a menor diferença (5 pontos) entre os dois indicadores desde janeiro, quando a gestão petista registrava um empate técnico (49% de desaprovação contra 47% de aprovação).
Tendência de Recuperação Gradual
Os dados de agosto confirmam uma tendência de lenta recuperação na avaliação positiva do governo, observada desde maio – quando a distância entre os índices atingiu o pico de 17 pontos (57% de desaprovação contra 40% de aprovação).
Nordeste e São Paulo Puxam Avanço Regional
A melhora na aprovação presidencial não foi uniforme em todo o país. O Nordeste, tradicional base de apoio de Lula, foi a região que mais contribuiu para o crescimento:
- A aprovação saltou de 53% para 60%.
- A desaprovação recuou de 44% para 37%.
No Sudeste, região mais populosa, a desaprovação recuou levemente (de 56% para 55%), enquanto a aprovação subiu de 40% para 42%. Em São Paulo, estado eleitoralmente decisivo, houve um movimento significativo:
- A avaliação positiva subiu 5 pontos, de 29% para 34%.
- A avaliação negativa caiu 4 pontos, de 69% para 65%.
Análise por Perfil Socioeconômico
A pesquisa detalha que a recuperação foi impulsionada por nichos específicos da população:
Renda: Entre os que ganham até dois salários mínimos, a aprovação teve um salto de nove pontos, indo de 46% para 55%.
Bolsa Família: Entre beneficiários do programa, 60% aprovam o governo, contra 37% que desaprovam.
Escolaridade: A gestão é melhor avaliada entre eleitores com até o ensino fundamental (56% de aprovação). Entre os com ensino superior, 56% desaprovam.
Idade: A aprovação entre idosos superou a desaprovação, subindo de 48% para 55%. Entre jovens de 16 a 34 anos, a avaliação positiva subiu 5 pontos, para 43%.
O governo segue sendo melhor avaliado por mulheres, católicos, nordestinos e famílias de baixa renda. Os segmentos mais críticos continuam sendo homens, evangélicos e moradores da região Sul.
A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas em todo o Brasil entre os dias 13 e 17 de agosto. O estudo também realizou entrevistas adicionais em nove estados para aprofundar a análise regional. A margem de erro para a amostra nacional é de 2 pontos percentuais.
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