O presidente argentino Javier Milei foi retirado às pressas de um evento de campanha nesta quarta-feira (27) na Grande Buenos Aires após sua caravana presidencial ser atacada com pedras. O incidente ocorreu quando a comitiva chegava à Praça Lomas de Zamora, onde Milei participaria de um ato para as eleições legislativas de 7 de setembro.

Ataque e Reação do Governo Argentino

De acordo com a TN (Todo Noticias), afiliada da CNN na Argentina, militantes kirchneristas (seguidores da ex-presidente Cristina Kirchner) teriam sido os responsáveis pelo ataque. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, denunciou nas redes sociais:

“Militantes da velha política, kirchnerismo em estado puro e um modelo de violência que só os homens das cavernas do passado querem: atacaram a pedradas a caravana”.

A ministra de Segurança Nacional, Patricia Bullrich, reforçou as acusações:

“O kirchnerismo organizou um ataque ao presidente em Lomas de Zamora, colocando em risco as pessoas e famílias que o acompanhavam”.

Contexto Político e Escândalo de Corrupção

O incidente ocorre em meio a uma grave crise política envolvendo a irmã de Milei, Karina Milei, secretária-geral da Presidência. Ela é acusada de envolvimento em um suposto esquema de corrupção na Andis (Agência Nacional para a Deficiência), onde seria beneficiária de desvios de verbas públicas.

Milei não abordou diretamente as acusações contra sua irmã durante o evento, mas afirmou que a oposição tenta “semear o caos”. Especialistas apontam que este é o segundo e mais grave escândalo desde que Milei assumiu o poder em dezembro de 2023.