Um frágil mas significativo cessar-fogo em Gaza começou a ser implementado nesta sexta-feira, após a confirmação de que Israel e Hamas aceitaram os termos da primeira fase de um acordo para encerrar o conflito. A principal mudança imediata no terreno será o recuo das tropas israelenses para posições definidas, marcando o primeiro passo concreto em direção à desescalada da guerra que já dura meses.
De acordo com o documento aprovado pelo governo de Israel, as forças militares se retirarão até a “linha amarela” dentro de um período de 24 horas após a ratificação do acordo. Uma autoridade israelense detalhou à CNN que os militares deixarão a Cidade de Gaza e o Corredor de Netzarim, porém permanecerão ocupando aproximadamente 53% do território palestino. Este recuo parcial representa uma medida cautelar de Israel, que mantém uma presença significativa no território enquanto monitora o cumprimento dos termos pelo Hamas.
Para supervisionar a implementação do acordo entre Israel e Hamas, os Estados Unidos enviarão 200 soldados que se juntarão a forças do Egito, Catar, Turquia e Emirados Árabes Unidos. As tropas americanas não entrarão na Faixa de Gaza, mas atuarão em funções de observação sob o comando do Almirante Brad Cooper, do Comando Central dos EUA. “Seu papel será supervisionar, observar e garantir que não haja violações ou incursões. Todos estão preocupados com o outro lado”, explicou uma fonte familiarizada com os detalhes operacionais.
O presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou otimismo em relação ao processo, afirmando que os reféns mantidos pelo Hamas podem ser libertados já na próxima segunda ou terça-feira. “Acho que será uma paz duradoura, espero que seja uma paz eterna. Paz no Oriente Médio”, declarou Trump durante reunião na Casa Branca, acrescentando sua intenção de viajar para a região para celebrar o acordo. O cessar-fogo chegou após uma intensificação final dos ataques israelenses, que de acordo com um diretor de hospital local, resultaram em novas vítimas fatais horas antes do início do acordo. A implementação bem-sucedida desta primeira fase será crucial para determinar se as partes conseguirão avançar para fases subsequentes que possam levar a um fim definitivo do conflito.









































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