A iminente aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF) colocou em movimento a máquina política do Palácio do Planalto para definir seu sucessor. De acordo com interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o favorito para a vaga no STF é o atual advogado-geral da União, Jorge Messias. O nome foi preterido na última indicação, que levou Flávio Dino ao cargo, e Lula já havia sinalizado, na ocasião, que Messias seria sua próxima escolha caso uma nova oportunidade surgisse.
A confiança do presidente no chefe da AGU é o principal trunfo de Messias. Nos bastidores do STF, seu nome é dado como quase certo, com ministros relembrando a promessa informal feita por Lula. Em uma estratégia para facilitar sua nomeação, Messias adotou um perfil discreto, evitando responder a mensagens de aliados e se manter longe dos holofotes, com o objetivo de não criar ruídos que possam atrapalhar sua indicação.
No entanto, a disputa pela vaga de Barroso não se resume a Messias. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, aparece como um forte concorrente, correndo por fora. Pacheco conta com um significativo apoio interno no Supremo, incluindo os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do respaldo de colegas do Senado, como Davi Alcolumbre. Apesar do apoio, Lula tem sinalizado que prefere manter Pacheco no comando do Senado e lançá-lo como candidato ao governo de Minas Gerais em 2026. A avaliação é que o político teria outras chances, uma vez que o presidente, se reeleito, fará três novas indicações ao STF entre 2027 e 2030.
Além deles, outros nomes integram a lista de cotados para o Supremo. O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e a presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, também são considerados. A ministra Maria Elizabeth, em especial, conquistou a simpatia de Lula e da primeira-dama, Rosângela Silva, que defende uma maior participação feminina na Corte. Contudo, fontes próximas ao presidente afirmam que, para esta vaga, o critério de diversidade não é prioritário. A principal qualidade buscada por Lula é a estrita confiança pessoal, um trunfo que, no momento, coloca Jorge Messias na dianteira para suceder Barroso e definir os rumos do Supremo pelos próximos anos.





































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