🇻🇪 Venezuela recorre à ONU contra envio de navios militares dos EUA ao Caribe
A crise diplomática entre Venezuela e Estados Unidos ganhou novo capítulo nesta terça-feira (26). O chanceler venezuelano, Yván Gil, anunciou que navios militares norte-americanos devem chegar à costa do país já no início da próxima semana. Diante da escalada de tensões envolvendo Venezuela, navios e EUA, Caracas recorreu à Organização das Nações Unidas (ONU) para denunciar o que classificou como “ações hostis” de Washington.
Segundo o governo venezuelano, o deslocamento de embarcações de guerra — incluindo o cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie e o submarino nuclear USS Newport News — representa uma ameaça direta à paz regional. A chancelaria também expressou preocupação com o risco de emprego de armas nucleares no Caribe, pedindo garantias formais para que os EUA não utilizem esse tipo de armamento na região.
Em documento enviado à ONU, a Missão Permanente da Venezuela solicitou que:
-
Os EUA suspendam imediatamente o envio de forças militares ao Caribe, onde o foco em Venezuela navios EUA permanece em discussão;
-
Washington dê garantias de que não usará armas nucleares na América Latina;
-
A Organização para a Proibição das Armas Nucleares na América Latina e Caribe (OPANAL) convoque consultas urgentes;
-
Os países-membros apoiem a Celac na defesa da região como uma “zona de paz”. Este apoio é crucial para estabilizar as tensões de Venezuela navios EUA.
O governo de Donald Trump afirma que a operação tem como objetivo combater cartéis de drogas que operam no sul do Caribe, responsáveis por transportar entorpecentes da América do Sul até os EUA. Para Caracas, no entanto, trata-se de um movimento militar desproporcional que pode gerar instabilidade política e riscos humanitários.
“A escalada de ações hostis e ameaças dos EUA é evidente na implantação de navios de guerra no Caribe”, declarou o chanceler Yván Gil, em nota oficial.
A diplomacia venezuelana reforçou que a comunidade internacional deve agir para evitar uma possível escalada bélica. Especialmente no contexto de Venezuela navios EUA, o país insiste que a América Latina deve permanecer como território livre de armas nucleares, conforme pactos regionais já firmados.
DEIXE UM COMENTÁRIO